
A necessidade de aderir a um estilo de vida consciente tem aumentado a demanda por soluções arquitetônicas que tornem as casas mais eficientes e integradas ao meio ambiente. Nesse sentido, as técnicas de construção sustentável preocupam-se com o antes, o durante e o depois da obra, reduzindo desperdícios nos canteiros, primando pelo uso de materiais recicláveis e ecologicamente corretos e garantindo a preservação dos recursos naturais, por meio de estratégias que economizem água e energia elétrica no dia a dia da família. Para saber mais, acompanhe o post!
Quais são as principais técnicas de construção sustentável?
Para chegar ao projeto ideal, considera-se tanto a rotina dos moradores quanto as características climáticas e geológicas da região e, ainda, o orçamento disponível.
Com isso em mente, definem-se os métodos mais adequados. Conheça algumas técnicas de construção sustentável e sistemas de eficiência energética e economia hídrica que estão em alta atualmente.
1. Retrofit
Trata-se da atualização de construções já existentes por meio da inserção de soluções sustentáveis — dispensando a necessidade de fazer grandes reformas e, ao mesmo tempo, melhorando a qualidade de vida da população do entorno.
A instalação de uma parede verde, com um projeto de irrigação automatizada que aproveite a água da chuva, é um exemplo de retrofit cada vez mais usado em empenas cegas de prédios em grandes centros urbanos.
Além da valorização estética do imóvel, a temperatura interna diminui e a qualidade do ar melhora consideravelmente.
2. Construção modular
Esse modelo de construção seca reduz o desperdício de materiais e, consequentemente, a formação de entulho. Para isso, usa módulos habitacionais industrializados, fabricados segundo medidas padronizadas.
Destaca-se pela rapidez na execução e pela economia com a mão de obra. As estruturas (encaixadas e acopladas) chegam prontas ao local e basta que sejam dispostas sobre a fundação.
Vale destacar que as paredes recebem tratamento termoacústico, o que proporciona temperaturas amenas e evita a entrada de ruídos, melhora o conforto para os futuros moradores, além de refletir na economia com as contas de luz.
3. Casas pré-fabricadas
Além das versões tradicionais, atualmente, destacam-se as chamadas casas-contêineres, que dão um destino nobre aos compartimentos de carga que seriam descartados.
Assim como na construção modular, necessitam apenas de tratamento termoacústico nas paredes. Indica-se o uso de telhas térmicas ou a instalação de um telhado verde, para que se tornem frescas e adequadas à moradia.
São fixas em fundações rasas. Além da execução rápida, existe a possibilidade de mobilidade. Nesse caso, as saídas de esgoto e a parte elétrica têm de ser refeitas no novo endereço, mas o restante é perfeitamente transponível.
4. Light Steel Frame
Light Steel Frame é o sistema construtivo que usa perfis de aço galvanizado, os quais chegam prontos para ser montados no canteiro de obras, resultando em construções mais rápidas, limpas e sem desperdícios.
Além do ótimo custo/benefício, a estrutura metálica confere um aspecto contemporâneo ao projeto, permitindo explorar grandes aberturas para integrar ambientes internos à paisagem.
5. Eficiência energética
Independentemente do método construtivo empregado na estrutura da residência, o responsável pelo projeto também precisa planejar sua eficiência energética.
A produção de energia solar por módulos fotovoltaicos está cada vez mais acessível. O sistema dura décadas, a manutenção é simples e, graças ao dimensionamento preciso, a conta de luz é reduzida à taxa mínima cobrada pela concessionária local.
Também é importante investir em um sistema de aquecimento com coletor solar térmico e na instalação de lâmpadas LED, as mais econômicas e duráveis do mercado.
Além disso, a arquitetura deve privilegiar a insolação e ventilação naturais, por meio de grandes vãos estrategicamente posicionados — o que minimiza a necessidade de acender luzes durante o dia e de usar o ar-condicionado por longos períodos.
6. Economia hídrica
Uma construção sustentável deve contar com um sistema de captação e reúso da água da chuva, a qual pode ser reaproveitada em descargas, na irrigação e na limpeza doméstica.
Também é importante instalar redutores de vazão nas torneiras da residência, os quais permitem poupar água sem enfraquecer o jato.
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Além disso, quem tem um gramado ou um jardim deve considerar a implantação de um sistema de irrigação automatizada, o qual permite programar as regas de acordo com as condições climáticas e por diferentes hidrozonas.
Por fim, é cada vez mais comum o uso de sistemas para tratar os rejeitos da cozinha por meio da instalação de caixas de gordura, evitando que restos de óleo, por exemplo, alcancem a rede de esgoto.