
Fissuras, vesículas, empolamentos e descolamentos em placas são algumas das patologias mais comuns em revestimentos argamassados – seja em alvenaria estrutural ou de vedação. Essas anomalias, no entanto, vão além dos incômodos estéticos. Elas podem revelar problemas que podem ter nascido no projeto, na escolha incorreta de suprimentos ou na execução.
Segundo a engenheira civil Cristiana Furlan Caporrino, que é mestre nesta disciplina, até mesmo a argamassa industrializada precisa cumprir as especificações do projeto, sob o risco de comprometer todas as demais estruturas de uma edificação. “Por isso, é importante existir uma comunicação entre a área de projeto e a área de execução”, disse, em recente palestra no 1º Congresso Nacional Online sobre Como Construir (CONOCC).
A palestrante ressaltou, também, que é importante levar em consideração os fatores climáticos, seja na hora de projetar ou de produzir a argamassa, além de contar com equipes bem treinadas. “O trabalho com qualidade elimina desperdício. Mas para atingir essa meta é importante conhecer a mão de obra e a técnica a ser executada no local em que ocorrerá o argamassamento”, destaca.
Cristiana Furlan Caporrino lembra que os principais requisitos a serem garantidos em uma edificação, com relação aos revestimentos argamassados, são os seguintes: estanqueidade à água, conforto higrotérmico, conforto acústico e durabilidade. “Todos eles podem ser comprometidos por manifestações patológicas, caso haja erro na produção e na execução da argamassa”, alerta a engenheira civil.
A engenheira civil frisa que os efeitos da ação da água são os mais danosos para o revestimento argamassado, principalmente o usado em fachadas. Se a estanqueidade for comprometida pela água, começam as patologias. Neste caso, as mais comuns são descolamento e empolamento do revestimento.
As anomalias mais comuns no revestimento argamassado são:
Vesículas e empolamento
Causa mais comum: reação de hidratação da cal virgem ou a presença de impurezas em agregados.
Fissuras e microfissuras
Causa mais comum: maior teor de insumos e agregados que o necessário.
Proliferação de fungos
Causa mais comum: infiltração de água.
Descolamento
Causa mais comum: uso inadequado de tinta ou aplicação de pintura prematuramente sobre o reboco.
Fonte: Portal Itambé.